domingo, 17 de junho de 2007

SEIS ANOS É MUITO TEMPO?


Foi em Setembro do já distante ano de 2001 que a viagem começou. Foi um desafio que lancei a mim mesmo: voltar a leccionar a alunos do 3º ciclo (nível de ensino do qual me encontrava afastado há já vários anos) e acompanhá-los durante (julgava eu) três anos, de forma a poder realizar um trabalho com “princípio, meio e fim”, em que os anos lectivos não surgissem iguais uns aos outros, mas antes com uma lógica sequencial, em que a continuidade e a progressão fossem a tónica dominante. Enfim, um desafio que alguém, então com 14 anos de serviço, necessitava com alguma urgência, para quebrar a rotina que ameaçava instalar-se e para colocar as coisas no seu devido lugar: os alunos e a sua educação no topo das minhas preocupações diárias. Foi uma aposta claramente ganha, cujo resultado ultrapassou, em absoluto, as minhas expectativas. Chegados ao final do 3º ciclo (meta inicial deste meu desafio) preparei-me técnica e psicologicamente para iniciar um novo ciclo, com outros alunos e noutro nível de ensino, não por estar insatisfeito com os alunos que tinha (bem pelo contrário), mas por entender que seria positivo, quer para mim quer para aqueles que me “aturavam” há três anos, efectuar uma “troca”, uma mudança de professor e, consequentemente, de métodos de ensino e de práticas de aprendizagem, que evitassem o desgaste natural que o suceder dos anos provoca. Eis, porém, que sou surpreendido por uma quase imposição de um conjunto de alunos que insistiam em que o “namoro” não terminasse ali, mas se prolongasse, sabia-se lá por quanto mais tempo!! Que decisão tomar? Fazer “orelhas moucas” a um apelo que mexia tanto com as minhas emoções e insistir “cegamente” naquilo que era uma convicção pessoal, ou abdicar disso e ceder à vontade de um conjunto de adolescentes que, ingénua e inconscientemente, insistiam em prosseguir uma ligação pedagógica (mas acima de tudo afectiva) que até então tinha resultado, mas da qual não havia a garantia de que resultasse de igual modo nos três anos seguintes? Acabou por imperar o coração, que apontou para o caminho da continuidade, e ainda bem que assim foi. Nestes vinte anos de carreira que já tenho (completados em Outubro passado) tive algumas turmas em que ao fim de poucas aulas leccionadas (e perdoem-me a sinceridade!) já estava ansioso para que o ano terminasse o mais rápido possível, a fim de os "ver pelas costas". Houve outras turmas em que foi com alguma (nalguns casos muita) dificuldade que as tive que deixar no final de um ano de trabalho que deixou em todos enormes saudades. E houve uma (e acho que é o maior elogio que lhe poderia fazer) que fez com que seis longos anos de partilha de saberes e de afectos, antes parecessem seis fugazes meses, devorados por um tempo que, desrespeitosamente, nunca parou para descansar. Para a história aqui ficam os nomes dos “oito magníficos” que, do 7º ao 12º ano, conseguiram o feito heróico (e estóico!) de me aturar nos dias bons e maus, alegres e tristes (as 2ªs feiras após as derrotas do Sporting eram terríveis!!), enérgicos e frouxos, eufóricos e deprimidos, solarengos e chuvosos: Cristiano Jesus, Inês Tojeira, João César, Jocelyn Lochon, Michael Santos, Patrícia Santos, Pedro Soares e Susana Santos. Seria injusto não referir que, a estes oito alunos, vieram juntar-se, ao longo destes anos, outros quatro que se integraram plenamente e que, por direito próprio, fazem hoje parte desta família que é o 12ºB e que são eles o Alfredo Almeida, a Marina Martinho, o Ricardo Modesto e a Sara Cardoso. Beijinhos (para elas) e abraços (para eles).

sábado, 16 de junho de 2007

ANO 2000 D.C.


Porquê esta referência ao ano de 2000? Muito mais do que a viragem do milénio (que é, ainda hoje, fonte de muitas discussões e dissertações sobre qual o ano exacto em que entrámos realmente no novo milénio!), este ano teve, no campo pessoal, um significado deveras especial. Foi, antes de mais, o ano que marcou o regresso do Sporting, após 17 anos de jejum, aos títulos de Campeão Nacional de Futebol (quem é que se irá esquecer do “gigante” Schmeichel na baliza e do “artilheiro” Acosta na frente do ataque leonino?), mas foi, acima de tudo, o ano em que iniciei um longo e frutuoso relacionamento de seis anos (é verdade, seis anos!!) com um grupo de alunos que haveriam de marcar (com certeza para sempre) a minha carreira de professor de Educação Física. Exagero meu? Certamente que não. Primeiro porque não acredito que o volte a fazer (aliás não quero…) e depois porque mesmo que o fizesse não voltaria, pela certa, a encontrar um grupo com as características que só este conseguiu reunir e que permitiram que o desgaste, natural, duma relação tão longa não se fizesse notar.
É claro que guardei para o fim (e perdoem-me os meus amigos do 12º B!) o melhor dos argumentos para que o ano de dois mil fosse, para mim, um ano de eleição. É que foi neste ano que nasceu o primeiro dos meus dois filhos, aquelas criaturas incríveis que hão-de (de certeza para sempre) marcar, e de certa maneira justificar, a minha passagem por este planeta
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sábado, 2 de junho de 2007

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Acampamento 2005 - "Descida do Rio Zêzere"

Foi há dois anos que a aventura começou: descer o rio Zêzere de canoa!! Então foram poucos mas bons, aqueles que se aventuraram a enfrentar os trinta quilómetros de rio, sob um sol escaldante, combatido de tempos a tempos com uns belos e refrescantes mergulhos nas frescas águas do Zêzere. Foram três dias (e duas noites...) inesquecíveis para os heróis que, a par de nomes como Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral, Gil Eanes ou Fernão de Magalhães, escreveram mais uma página dourada no gloriosos livro das conquistas da navegação lusa. Esses alunos foram então: Jocelyn Lochon, Pedro Soares, Patrícia Santos, João Rodrigues, Nádia Sousa, ... Agora, a aventura vai continuar. Quem se atreve a repetir a façanha daqueles pequenos bravos heróis? Quem quer ficar na história, já longa, dos Acampamentos da Escola Secundária de Alcanena? Não queiras ficar de fora! Contamos contigo. Estamos à tua espera.


terça-feira, 3 de abril de 2007

O Porquê

A criação deste blogue surgiu como consequência directa da minha participação na Acção de Formação "A Utilização das TIC nos Processos de Ensino e Aprendizagem", da responsabilidade da Professora/Formadora Drª Paula Léo, por sinal uma simpatia de pessoa (já perceberam que estou a trabalhar para a nota, não é??). Foi, portanto, e antes de mais, uma obrigação!!! Mas uma "obrigação" daquelas a que nos entregamos com agrado, com o entusiasmo de quem desbrava novos caminhos e o prazer infantil de quem explora um novo brinquedo.
Relativamente ao seu conteúdo, ele surge da necessidade de conferir uma maior visibilidade, dentro e fora da escola, às actividades desenvolvidas pelo grupo de Educação Física da Escola Secundária de Alcanena, mas também, e acima de tudo, para dar um maior eco às opiniões e sugestões dos alunos que nelas participam, procurando dessa maneira ajustar cada vez mais as características das actividades àquilo que são as preferências e motivações dos alunos.

Este espaço foi, então, criado na esperança que o mesmo seja utilizado por todos os alunos que participam nas actividades do grupo de Educação Física, mas também por aqueles que, não participando, poderão através dele ficar com uma imagem mais completa e real de tudo o que de (muito) bom vai sendo realizado por este grupo de professores, que não se cansam de tentar proporcionar experiências que visam sempre o enriquecimento do carácter daqueles que as experimentam.

Conto convosco.